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Senhor Santo Cristo dos Milagres | A Lenda

11 Novembro, 2019AçoresAzores Guide
A ilha de São Miguel e os Açores em geral têm, atualmente, algumas imagens que a identificam de imediato. Culturalmente, a famosa representação do “Ecce Homo” conhecida como “Senhor Santo Cristo Dos Milagres”, originária do século XVI e cuja veneração, hoje verdadeiramente marcante,começou-se a intensificar no século XVIII por intermédio da freia clarissa Teresa de Jesus, que desde essa época é considerada venerável e a caminho de ser formalmente reconhecida como Santa.

No mosteiro de Nossa Senhora da Esperança, em Ponta Delgada, existe uma figura (um busto) em madeira que representa Jesus Cristo durante a paixão de cristo. Esta imagem, numa primeira fase, impressiona as pessoas pela sua expressão facial e numa segunda fase é possível evidenciar a perfeição e a magnificência de todos os seus adereços, construídos com imensas pedras preciosas, pérolas, diamantes e ouro.
Esta imagem terá sido esculpida no início do século XVI e pouco depois foi oferecida pelo Papa Paulo III a duas religiosas que terão ido a Roma impetrar a Bula de fundação do primeiro cenóbio feminino desta ilha de São Miguel. Crê-se que tenha dado à costa após naufrágio do barco em que seguia.

Este busto tem à sua volta uma lenda. Há muito tempo, as freiras do Convento da Caloura sentiam-se muito tristes porque o povo da localidade de Água de Pau estava a ficar muito afastado da fé e do temor a Deus. Estas irmãs passavam muito tempo a rezar com grande fervor e esperavam que, se tivessem uma imagem nova no seu convento, poderiam atrair os paroquianos de volta aos caminhos da fé.

Busto do Senhor Santo Cristo dos Milagres

Estátua Madre Teresa da Anunciada

Resolveram escrever uma carta ao papa em Roma, para pedir que lhes fosse oferecida uma imagem nova para o convento, visto que não tinham dinheiro para a comprarem pelos seus próprios meios. Mas quando receberam a resposta, verificaram que o seu pedido não podia ser atendido. No entanto as irmãs do Convento da Caloura não desesperaram e, apesar das adversidades, continuaram com a fé de que um dia iriam ter uma imagem nova.

Reza a lenda que estes acontecimentos ocorreram numa época em que havia muitos piratas e corsários a percorrer os mares dos Açores. Uma nau que passava ao largo da ilha de São Miguel foi atacada por barcos piratas e muitos dos seus destroços acabaram por dar à costa ao longo de vários dias.

Num destes dias, depois de terem terminado os seus afazeres nos jardins do convento, as freiras encontravam-se a descansar à beira-mar quando viram na água, a flutuar junto às pedras, uma caixa da qual parecia emanar uma luz. Curiosas, desceram para a costa, puxaram o caixote para a praia e quando o abriram viram que continha um lindo busto de Cristo. A imagem tinha um olhar vivo e uma expressão humilde e serena.

De imediato as religiosas acharam que tinham recebido um milagre, porque o Santo Cristo tinha escolhido aportar à ilha de São Miguel, ilha cujo povo tinha fama de ser muito crente. Quando os habitantes de Água de Pau tomaram conhecimento do ocorrido ficaram muitos felizes e a sua fé cresceu. A fama da imagem rapidamente se espalhou desde a vila a outros locais da ilha, juntamente com a fama dos milagres feitos pelo Santo Cristo. Desde essa época, Santo Cristo passou a ser a esperança e uma forma de apoio para todos os habitantes da ilha de São Miguel.

Por muitos anos esta imagem do senhor Santo Cristo foi venerada no Convento da Caloura. No entanto, devido à proximidade deste com o mar e devido aos constantemente ataques por parte dos piratas, as freiras tiveram que se retirar para Ponta Delgada, para o Convento de Nossa Senhora da Esperança, para onde levaram a imagem de Santo Cristo.

Convento da Nossa Senhora da Esperança

Promessas

Até finais do século XVII este busto não ocupava qualquer lugar de destaque nas capelas deste mosteiro de Clarissas. A grande responsável pela sua valorização foi a freira da Ribeira Grande. Esta considerou que uma imagem do próprio Deus não poderia estar pouco cuidada e que a devoção a Cristo deveria ser incentivada de modo a constituir-se numa prática generalizada de todos os seus crentes e, movida por vontade própria, mandou construir uma capela condigna dentro do convento, mas visível e acessível aos fiéis leigos. Esta sempre teve muita oposição da parte de outras religiosas, mas foi conseguindo algumas esmolas para embelezar a imagem.  Madre Teresa conversava com Deus, através desta imagem, e tornou-se uma valiosa intercessora dos crentes. A sua fama de santidade teve início ainda em vida e ainda hoje se mantem.
A devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres nasceu quando a população de São Miguel saiu em procissão durante o grande terramoto que aconteceu em 11 de abril de 1700. Segundo reza a história, durante um grande terramoto na ilha de São Miguel, um grupo saiu a rua em procissão com uma imagem do Senhor Santo Cristo. A esta procissão que percorreu toda a cidade, passando por todos os conventos existentes em Ponta Delgada, juntaram-se confrarias, comunidades religiosas assim como toda a nobreza e uma inumerável multidão.

Passaram entre escombros e cadáveres até que um tremor mais forte fez cair a imagem do Senhor Santo Cristo do andor para o chão, que ficou direita sem se partir ou sujar. Conta-se que nesse momento, a terra parou de tremer, o mar amansou e o céu descobriu-se, nascendo assim a grande devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Campo de São Francisco repleto de devotos

A invocação, o culto e a Festa são apropriados pelos açorianos como fatores de identidade, como marcas de pertença a uma comunidade, a uma sociedade, à Região Autónoma dos Açores.

Todas estas devoções de Madre Teresa da Anunciada fizeram com que este culto seja o segundo maior evento religioso de Portugal, e também a altura do ano mais feliz para o turismo Açoriano. Trazem anualmente milhares de peregrinos de todo o mundo até à ilha de São Miguel, oriundos das ilhas, do continente e das comunidades de emigrantes, nomeadamente Estados Unidos da América e Canadá.

Este tipo de deslocação turística é chamado de turismo religioso, e carateriza-se por viajar (peregrinar) motivado pelos elementos religiosos utilizando e visitando recursos do âmbito religioso. Tenta também associar o turismo religioso ao turismo cultural – latu sensu.

É de destacar a importância destas festas para a Região, que têm um impacto muito forte na captação de pessoas para a ilha de São Miguel na fase do ano em que ocorrem.

Procissão das Festas do Senhor

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