O Puffinus Ilherminieri baroli, ou Frulho, é uma ave marinha endémica da Macaronésia (grupo de ilhas no Atlântico Norte). Diversos autores acreditam que este nome origina de “açorianismos”. Esta foi recentemente considerada uma subespécie do Puffinus baroli.
Descrição
O Frulho possui uma aparência distinta, sendo o topo do seu corpo bastante escuro, de cor negra, e a parte inferior branca e acinzentada. Curiosamente, as suas patas apresentam uma cor azul. O seu tamanho varia entre os 28 e os 30 centímetros de comprimento e pode atingir um peso superior a 170 gramas. Com as suas asas abertas, o Frulho pode atingir mais de 60 centímetros de envergadura (distância entre a ponta das asas).
Esta espécie nidifica nos Açores, Madeira e nas Canárias, geralmente em pequenos ilhéus desabitados. Alguns ninhos conhecidos desta ave encontram-se em Santa Maria, no Ilhéu da Vila, e na Graciosa, no ilhéu de Baixo e no ilhéu da Praia, verificando cerca de 50 casais em cada um dos ilhéus mencionados. O Frulho nidifica também em falésias nas ilhas principais do arquipélago dos Açores, à exceção da ilha da Terceira.
O Frulho é uma ave mergulhadora e consegue atingir os 15 metros de profundidade durante as suas caças.
Tendencialmente, o Frulho nidifica em agosto, sendo que o período de encubação dura cerca de 45 dias e as fêmeas põem apenas um ovo.
História
Acredita-se que esta espécie tenha sido introduzida pelos Portugueses no século XV. Devido à exploração do Frulho para extração de óleo, a sua população nos Açores sofreu uma queda.
Estado de conservação
Atualmente, é considerado uma espécie vulnerável.
Apesar desta perseguição humana, o Frulho é mais vulnerável face a pequenos mamíferos e roedores como ratazanas, furões e outros, bem como aves de presa que atacam os seus locais de nidificação.