Este é um dos maiores mistérios dos Açores devido à possibilidade de alguém ter chegado ao arquipélago antes da descoberta do mesmo por parte dos Portugueses.
A história mais conhecida conta-nos que, quando os marinheiros portugueses se aventuraram rumo ao ocidente, na demanda de descobrir novas terras, deram de caras com uma ilha de cor negra, no meio do oceano Atlântico – a ilha do Corvo, a mais pequena do arquipélago dos Açores. Ao aproximarem-se do lado noroeste da ilha, avistaram o que parecia ser, no cima de um cume, as silhuetas de um homem de pedra, montando um cavalo e que parecia servir de marco aos navegadores.
Intrigados com esta descoberta, tentaram saber quem construiu a estátua e porque razão se encontrava ali, mas nada se conseguiu saber e até aos dias de hoje que ninguém conseguiu descobrir mais nada sobre esta construção de pedra.
A estátua representava um homem coberto com um manto, tendo apenas a cabeça descoberta. Toda a estátua apresentava já um ar gasto, devido à erosão do mar a que foi exposta. O homem, montando o cavalo, tinha o braço direito estendido e o seu dedo indicador apontava para algum sítio, muito dizem que estava a tentar sinalizar o caminho das Américas, mais concretamente o Brasil, que ainda não sido descoberto.
Na pedra base da estátua, embora pouco visíveis, estavam escritas algumas palavras: “Jesus, avante”.
Nos dias de hoje, a estátua já não se encontra no local onde foi descoberta devido ao rei D. Manuel que, no tempo do seu reinado, mandou um homem tirar a estátua daquele local. Esta foi retirada só que entretanto, durante a sua remoção, esta partiu-se em pedaços. Ainda assim, os pedaços foram levados ao rei mas, na ilha do Corvo, ainda pode encontrar a zona onde a estátua foi erguida e o seu marco, marco este que foi a razão pela qual o primeiro nome da ilha foi – a ilha do Marco.
Há quem afirme que esta estátua desempenhou um papel fulcral nos descobrimentos, devido ao dedo indicador do homem da estátua, ter ajudado os marinheiros a rumar em direção às Américas. Muitos arqueólogos acreditam que a escultura terá sido um fruto de origem Cartaginesa ou Fenícia e que estas civilizações terão descoberto o arquipélago açoriano antes dos portugueses.
Quem saberá a sua origem e a sua razão de ser? Não sabemos mas, a lenda suscita a curiosidade, não acha?
Fotografia de Raquel Sousa – Caldeirão, ilha do Corvo