A ilha Graciosa, também conhecida por “ilha Branca”, é uma das ilhas que se situam mais a norte no Arquipélago dos Açores, em conjunto com a ilha das Flores e a ilha do Corvo. Faz parte das cinco ilhas que compõem o grupo central dos Açores, juntamente com a Terceira, o Pico, o Faial e São Jorge. Além disso, é uma das ilhas classificadas pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera.
A par de um vasto conjunto de belezas naturais que a ilha tem para oferecer, é lá que pode encontrar a Furna do Enxofre – um dos mais belos monumentos criados pela natureza e que demonstra a origem vulcânica dos Açores na sua plenitude. Já viu o filme denominado de “Viagem ao Centro da Terra”? A Furna do Enxofre é exatamente isso, só que sem ficção.
Foi explorada no séc. XIX por algumas figuras ilustres, como é o caso do Príncipe Alberto do Mónaco e alguns naturalistas, Fouqué e Hartung. A sua origem está associada a uma fase efusiva intracaldeira, considerada similar a alguns dos fenómenos vulcânicos que estão na origem do Hawaii.
Esta furna está localizada no Monumento Natural da Caldeira da Graciosa, na parte sudeste dessa mesma Caldeira. É um fenómeno vulcano-espeleológico de grande interesse com uma grande cavidade lávica. Esta cavidade apresenta um teto em abóbada perfeita, com cerca de 50 metros na sua parte central. A par disso, umas das coisas que torna este sítio único, é sua entrada. O acesso ao interior da Furna do Enxofre é feito através de uma torre edificada em 1939, com cerca de 37 metros de altura e uma escadaria em caracol de 183 degraus – vale a pena o esforço. Este ex-libris da Graciosa, e um dos Açores, possui um lago de água fria e uma fumarola com lama, de onde emanam gases sulfurosos.

Torre da Furna do Enxofre
Ainda, poderá visitar o Centro de Visitantes da Furna do Enxofre – CVFE-, que funciona como um núcleo da Reserva da Biosfera e do Parque Natural da Graciosa. Por outro lado, constitui-se como uma das entradas para a furna.
Aqui, irá ter uma melhor compreensão deste fenómeno vulcânico e também dos processos vulcânicos que deram origem à própria ilha onde este monumento natural se insere.
Este centro é composto por dois pisos. No piso inferior terá uma área expositiva, e no piso superior, terá a área de receção, a área reservada de divulgação, sensibilização e observação/entrada da paisagem. Importa referir que este edifício salvaguarda a qualidade ambiental, os valores da geodiversidade, biodiversidade e o equilíbrio paisagístico/arquitetónico.
Para mais informações, consulte o site do CVFE. Lá, terá todas as informações relativas a horários, visitas guiadas e contatos.