FLORES
© Todos os direitos reservados, proibindo transformação, elaboração de cópias e distribuição das mesmas.
Açores eleito como o melhor destino para 2016 pela revista holandesa “Traveler” da National Geographic.
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Açores eleito como o melhor destino para 2016 pela revista holandesa “Traveler” da National Geographic.
Para chegar à ilha das Flores, o transporte mais rápido é o aéreo. A Sata – Air Açores, efetua voos diários para esta ilha. Também, durante a época alta, pode usufruir da ligação em barco de passageiros para lá chegar.
A ilha das Flores, é o extremo mais ocidental da Europa. Em conjunto com a ilha do Corvo, formam o Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores. Situa-se a 30º 54' de longitude Oeste e a 39º 25' de latitude Norte. Tem uma superfície de 141,4 km 2, com 16,6 quilómetros de comprimento e 12,2 quilómetros de largura.
A descoberta desta ilha deverá ter ocorrido por volta de 1452 pelo navegador Diogo de Teive. O povoamento desta ilha não foi fácil devido ao seu isolamento, o que originou um abandono da ilha durante uns anos. O seu povoamento é assim retomando por volta de 1508, por colonos vindos da ilha Terceira e do arquipélago da Madeira. O nome da ilha pensa-se estar associada à abundância de flores naturais existentes.
Existem serviços regulares de autocarro que percorrem toda a ilha durante a semana. Além disso, existem empresas de aluguer de automóveis e serviço de táxis.
Devido à sua dimensão não é difícil, percorrer toda a ilha. No entanto há locais que não pode deixar de visitar:
As Sete Caldeiras
A ilha possui sete crateras vulcânicas que se transformaram em sete belas lagoas. Os seus nomes relacionam-se com as suas caraterísticas paisagísticas: Funda, Rasa, Lomba, Seca, Branca, Comprida e Negra. A última tem 100 metros de profundidade constitui-se como a mais funda dos Açores.
Inúmeras Cascatas
A ilha das Flores tem uma grande abundância de água, o que se traduz em grandes números de cascatas pela ilha fora. A que se localiza na localidade da Ribeira Grande, despenha-se numa extensão de 300 metros. Depois, na localidade da Fajã Grande, temos o Poço do Bacalhau que apresenta uma cascata de 90 metros formando uma piscina natural de água doce. Entre a Fajã Grande e a Fajãzinha, constitui-se um dos ex-libris das Flores pois, entre a extensa parede verdejante que envolve essa zona, desenvolveram-se perto de 20 cascatas. Para ter uma visão ampla e monumental dessas cascatas, desça até perto do Poço da Ribeira do Ferreiro, também conhecido como Poço da Alagoinha, irá ser surpreendido.
Fajã de Lopo Vaz
Fajã denominada do nome de um dos seus primeiros povoadores. Pensa-se que foi o primeiro sítio habitado na ilha e lá existem caprinos a viver num estado selvagem e livre.
Morro dos Frades
Morro de formação rochosa num formato peculiar, devido à erosão, fazendo lembrar as silhuetas de um frade e de uma freira.
Rocha dos Bordões
É um conjunto de grandes colunas verticais de basalto derivadas da solidificação da lava. Apresenta uma altura significativa e é revestida de musgos e outras vegetações, o que dá origem a um belo elemento geológico.
Morro Alto
Este é ponto mais elevado da ilha, com cerca de 914 m. Devido à sua altura, este morro proporciona uma vista alargada sobre lagoas e vales verdejantes que dão lugar a pequenas ribeiras. Também é possível avistar as localidades de Ponta Delgada, Fajã Grande e Fajãzinha.
Gruta dos Enxaréus
Cavidade semi-submersa localizada na linha da costa entre Santa Cruz e Caveira. Tem 50 metros de comprimento e 25 metros de largura e só possível visitar por mar.
Itinerário 1 - Veja no Mapa
Com partida de Santa Cruz, passe por Caveira, Lomba, Fazenda e Lajes das Flores. Aqui desça ao porto, faça uma paragem no farol e visite a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída de século XVIII. Siga em direção ao Lajedo, miradouro do Alto do Mosteiro. Também, visite a Rocha dos Bordões e as Caldeiras Rasa e Funda. Desça à Fajã Grande, passando pela Fajãzinha, regresse pela mesma estrada, e siga em direção a Santa Cruz pela estrada que atravessa a ilha, onde pode disfrutar de belas paisagens. Antes, suba ao miradouro do Monte das Cruzes.
Itinerário 2 - Veja no Mapa
Partindo de Santa Cruz, em direção a Ponta Delgada, pare no Parque Florestal da Fazenda, e de seguida, no miradouro da Rocha dos Caimbros, admire a Baía da Alagoa e depois siga por Cedros até Ponta Delgada, admirando a beleza que a natureza dotou a esta ilha. Regresse a Santa Cruz pela mesma estrada.
O Museu das Flores documenta bem as tradições dos florentinos. Destaca-se as coleções de alfaias agrícolas, scrimshaw e instrumentos marítimos, utensílios ligados à carpintaria e à ferraria e os têxteis de linho e lã. As flores compostas com miolo de hortênsia são um trabalho artesanal único e requerem muita perícia. Também são feitas flores de escamas de peixe que podem ser feitos através de conchas, bordados e rendas. No folclore, há um especial destaque à Chamarrita Encaracolada, a Sapateia, o Pézinho Baixo, o Rema e o Manjericão.
Como no resto do arquipélago, as Festas do Espírito Santo têm um profundo significado nesta ilha. Decorrem de maio a setembro e as ruas são enfeitadas com arcos de flores coloridas. A Festa do Emigrante, uma das maiores festividades desta ilha, decorre no mês de julho nas Lajes e serve de homenagem a todos os florentinos que partiram da ilha em busca de melhores condições de vida e aproveitam esta festa para visitar a sua terra natal. As festas de Santa Cruz têm lugar no primeiro domingo de agosto.
Aqui destacamos a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, nas Lajes, construída entre 1763 e 1783 no local onde antes existia a Ermida do Espírito Santo. Nesta igreja, é possível ver talha revivalista pintada.
Em Santa Cruz, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição destaca-se pela sua fachada grandiosa. Merece também a sua visita, a Capela da Nossa Senhora das Angústias, a Igreja da Nossa Senhora dos Remédios e a da Nossa Senhora de Lurdes.
Devido à localização da ilha das Flores em relação às outras, os habitantes tiveram de confiar na produção local para a sua alimentação. As carnes de porco em salmoura, depois de demolhadas, são cozidas e servidas com batata e couve. Também, o inhame com linguiça, sopa de agrião e o queijo curado produzido na ilha são elementos importantes na ementa tradicional da ilha das Flores. Do mar para o prato, são confecionadas tortas de erva patinha feitas de omeleta e algas marinhas. A albacora assada no forno, a caldeira de congro e o arroz de lapas muito enriquecem o património gastronómico das Flores. O araçá dá origem a um doce típico e o mel espelha o aroma das imensas flores que embelezam a ilha. Os folares de páscoa, bolos equiparados à massa sovada, com a adição de ovos no centro, são um dos elementos da doçaria da ilha das Flores.
Pode tomar o seu banho em águas límpidas e com temperaturas agradáveis nas piscinas naturais de Santa Cruz, nas praias juntos às Lajes das Flores ou nos vários locais disponíveis na Fajã Grande, desde os portos (Novo e Velho), piscina natural ou até optar pelas cascatas (Poço do Bacalhau).
Pode ser feita de rochedo (calhau), no mar (barco) ou nas ribeiras repletas de trutas. Encontra pesqueiros na saída de Santa Cruz até à saída da Fajã Grande. Pode de fundo, boia e corrico e poderá capturar sargos, vejas, garoupas, bodiões, anchovas, entre outros.
Pode realizar na Fajã Grande Surf, é um sítio isolado e pouco lotado. Quanto à canoagem, também pode ser realizada na Fajã Grande. Nas atividades náuticas, existem empresas que o podem levar de barco à volta da ilha, até mesmo à ilha do Corvo, e também a observar animais marinhos.
As flores têm uma vida subaquática imperdível. Pode realizar mergulho na Gruta do Galo, onde pode apreciar a cascata que cai diretamente no mar, no Ilhéu do Garajau e na Gruta dos Enxaréus através de barco e ainda na Ponta da Caveira, local de algumas grutas de erosão marinha muito ricas em vida marinha.
Os vales verdes imensos, os cursos de água e as flores que enfeitam os caminhos, proporcionam passeios relaxantes e paisagísticos fora do comum. Para os mais aventureiros, pode realizar canyoning nas diversas ribeiras das Flores, como a dos Algares e a do Ferreiro.
A ilha foi considerada Reserva da Biosfera pela UNESCO, devido à sua natureza bem conservada, pela abundância de floresta e pelas suas altas escarpas que dominam a maior parte da sua costa.