Origem
A tradição das Cavalhadas de São Pedro surge por volta de 1563, após a erupção do vulcão do Pico do Sapateiro (atualmente chamado de Pico Queimado). Esta erupção, embora inicialmente caracterizada por explosividade moderada, apresentou escoadas lávicas que soterraram grande parte da freguesia da Ribeira Seca. No entanto, a igreja de São Pedro e a imagem do padroeiro escaparam ilesas e, consequentemente, a população decidiu criar esta tradição como forma de agradecimento ao santo.
Cavalhadas
As cavalhadas percorrem um trajeto pelas ruas da cidade da Ribeira Grande, parando em certos locais onde são feitos discursos pelo Rei e lidos versos pelos lanceiros.
Ao longo deste percurso, as marchas assumem um formação específica, em que os cavaleiros, com os seus diferentes cargos, desempenham diferentes funções. Neste grupo de homens vestidos com roupas brancas ornamentadas com diversas flores e chapéus negros, também estes ornados, podemos destacar o Rei ou “Maioral” (destacando-se pela barba branca que usa), os seus 2 lanceiros e, entre as restantes dezenas de cavaleiros, encontram-se 3 corneteiros. No fim desta formação, encontram-se outros 2 lanceiros.
As cavalhadas começam no Solar de Mafoma, onde os cavaleiros são avaliados em fatores como postura, ornamentação dos seus trajes, entre outros.
Daqui partem para a igreja de São Pedro, onde irão realizar 7 voltas em torno da mesma (7 dons do Espírito Santo) e, em seguida, o Rei discursará em frente da mesma. Seguindo o percurso, a marcha dirige-se aos Paços do Concelho da Ribeira Grande onde realizará 3 voltas em redor do Jardim Municipal, em referência à Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).
Em seguida, a marcha andará pelas ruas da cidade, acabando por regressar ao Solar de Mafoma.
