Uma destas histórias alude para a origem do nome da Lagoa das Sete Cidades. Segundo a lenda, durante as invasões muçulmanas da Península Ibérica do século VIII, sete bispos, que viviam na orla do futuro Condado Portucalense, viram-se obrigados a abandonar a península, partindo então para o mar em busca de Antília, que já na altura era uma antiga lenda.
Séculos mais tarde, esta ilha permanecia extremamente cobiçada, especialmente pelos reis portugueses. Durante os descobrimentos, a procura desta proporcionava grande inspiração e motivação para os navegadores. Assim, segundo a lenda, partiu de Portugal uma caravela destinada à ilha das Sete Cidades.
É dito que a caravela navegou pelo extenso mar durante muito tempo e enfrentou tempestades e monstros marinhos. No entanto, após uma destas tempestades, ao desnublar de brumas, avistou-se uma ilha, na qual rapidamente se embarcou a caravela.
Durante três dias, os marinheiros permaneceram desembarcados, procurando estabelecer relações com o monarca local. Durante este tempo, visitaram palácios, florestas e lagos, estudando também os costumes das comunidades que lá viviam.
Após os três dias, os marinheiros desembarcaram com o intuito de presentear o rei com esta descoberta. Porém, ao afastarem-se da ilha, esta foi envolvida em brumas, desaparecendo como que por magia.
Depois de contada ao rei a expedição e aventuras nela ocorridas, foram mandadas frotas para estabelecer relações com a ilha. Contudo, esta já lá não estava e havia desparecido. Durante séculos, procuraram-na até que um dia depararam-se novamente. Todavia, esta encontrava-se agora desabitada, tendo consequentemente sido povoada pelos portugueses. Estes nomearam então o icónico caldeirão de Lagoa das Sete Cidades.
